Há alguns dias atrás, recebi um relato em minha caixa de entrada sobre como resolver problemas de engenharia e a tendência do engenheiro de complicar uma solução. O relato seguiu ao longo das linhas…
Uma fábrica de creme dental ocasionalmente transportou caixas de seu produto sem o tubo dentro.
Entendendo como isso era importante para a satisfação do cliente, a gerência contratou uma empresa de engenharia externa para resolver o problema das caixas vazias. Seis meses e milhares de dólares depois, eles tinham uma solução prática, no prazo e no orçamento.
Eles resolveram o problema usando balanças de precisão de alta tecnologia que soariam um alarme sempre que uma caixa de creme dental pesasse menos do que deveria. Um braço empurraria a caixa vazia para o rejeito. Problema resolvido!
Mas, três semanas depois, o engenheiro-chefe para qualidade de produto mencionou que o número de defeitos detectados havia caído para zero. Intrigada, a gerência foi à fábrica para inspecionar a instalação. A poucos metros antes da medição, alguém havia instalado um ventilador de mesa de $20 apontado para a correia transportadora. Enquanto observavam, uma caixa vazia passou pela linha, e o ventilador soprou essa caixa para o rejeito.
“Oh, isso”, respondeu um dos trabalhadores quando consultado. “Um dos caras o colocou lá, porque ele estava cansado de ouvir o alarme”.
Albert Einstein tinha uma máxima de que “tudo deve ser tão simples quanto possível, mas não mais simples”. Como engenheiros resolvendo problemas complexos, podemos esquecer este ponto muito importante e acabar com soluções muito complexas para problemas simples. Tanto a navalha de Occam, o equivalente da lei de concisão e o princípio de KISS pedem que nós ofereçamos a solução mais simples ou explicação quando resolvemos problemas. O princípio KISS, de acordo com o autor do acrônico significa “Keep It Simple Stupid” (ou mantenha-o simples, idiota), com o “Stupid” (idiota) referindo-se a como as coisas podem dar errado quando se aplica uma complexidade desnecessária.
À medida em que resolvemos problemas em um campo de alta tecnologia, queremos continuar a fazer a pergunta: “Isso pode ser feito com uma solução mais elegante ou simples”? No relato acima mencionado, a empresa de engenharia resolveu o problema com uma solução de alta tecnologia, mas perdeu três passos cruciais no seu projeto para chegar à solução.
Inicialmente, eles se esqueceram do KISS e da máxima de Einstein e seguiram com uma solução de escala de alta precisão, onde um ventilador simples teria sido suficiente. Em segundo lugar, e mais importante, eles esqueceram de falar em detalhes com os operadores do equipamento. O operador que instalou o ventilador tinha infinitamente mais experiência com o processo, dando-lhe uma visão muito diferente de como resolver o problema da caixa vazia. Sempre que estamos automatizando uma parte de um processo de adaptação ou um sistema completo, os operadores são um recurso fundamental para ideias sobre a melhoria do sistema, simplificação e otimização. Eles operam os equipamentos e processos diariamente, dando-lhes um conhecimento muito detalhado de como o sistema deve funcionar.
Por fim, a empresa de engenharia não conseguiu fazer a pergunta mais importante – em primeiro lugar, o que está causando caixas vazias? Embora ambas as soluções mantenham as caixas chagando ao cliente corretamente, resolver o problema real seria fazer ainda mais pela empresa, salvando os resíduos gerados a partir de cada caixa vazia (energia, tempo, reprocessamento, etc.). Não tratar os sintomas, tratar a causa.
A equipe de engenharia da Avid revisa regularmente os processos para nossos clientes, procurando potencial de otimização. Parte desta revisão inclui uma entrevista com vários operadores pelo seu ponto de vista sobre as otimizações possíveis dentro do processo. Estamos ansiosos pela oportunidade de rever os seus processos para a redução de custos ou melhorias de produção e de entrevistar os peritos em seus processos, os operadores.
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