Apenas uma parcela de usuários de controle de processo tem adotado virtualização. Uma das principais razões disso é que usuários estão muitas vezes à procura de economia nos lugares errados.
O artigo a seguir foi publicado recentemente no blog Automação Mundial pelo integrador de sistemas da Avid Solutions, James Cage.
Em 2003, uma jovem empresa de software chamada VMWare deu aos usuários uma maneira de mover uma máquina virtual (VM) em execução de uma máquina física para outra, sem interrupções e com tempo de inatividade zero. VMWare foi rapidamente comprada por outra empresa de tecnologia por 635 milhões de dólares. Hoje ela vale mais de 40 bilhões de dólares. Usuários de controle de processo olham para os benefícios da virtualização com inveja. Então a questão é: Quando você deveria decidir migrar de computadores pessoais físicos (PCs) para PCs virtuais? A seguir, estão quatro dicas que vão lhe ajudar a chegar a resposta correta para essa pergunta.
Dica 1: Use os números certos
Os usuários de controle de processos estão adotando a virtualização? Para saber, eu perguntei a Jay Pritchett, diretor de engenharia da Altran North America. Ele estima que apenas 20 por cento dos postos de trabalho que ele vê hoje são virtuais. Pritchett explicou que os usuários muitas vezes procuram a economia no lugar errado. “Não espere que os custos iniciais sejam menores,” ele disse. “Só porque você tem 5 máquinas ao invés de 50 não significa que o seu preço de hardware vai cair. As caixas que ficam serão caras, e você também terá que compras software e aprender como usá-lo.”
Mas há uma economia real. “O custo do ciclo de vida pode ser muito atraente, porque o custo de manutenção do sistema e implementação de novos nós ou substituição de nós existentes despenca, particularmente em termos de tempo necessário para essas atividades,” ele disse.
Considere também a disponibilidade. Enquanto o número de PCs físicos diminui, Pritchett observou que “a disponibilidade do sistema pode aumentar”. Em um sistema físico, a substituição de um PC defeituoso envolve a busca por um hardware para a substituição, a restauração de uma imagem atual e a movimentação do hardware para o local. Na melhor das hipóteses, isso levará algumas horas. Há também um risco porque dificilmente se encontra dois computadores físicos exatamente iguais, e pequenas diferenças podem fazer com que o novo nó apresente problemas. No mundo virtual, você poderia simplesmente reiniciar a VM em uma máquina física diferente, ou “host”, um processo que leva alguns minutos. O reinício muitas vezes pode ser automatizado, reduzindo ainda mais o tempo necessário. Isso tem menos riscos, pois o software de virtualização protege as VMs das diferenças de hardware físico entre os hosts.
Mas se você acha que essa e outras funcionalidades da virtualização não são tão fáceis de implementar como parecem, você está certo. Tudo começa com a escolha do hardware e da arquitetura.
Dica 2: O hardware ainda importa
A virtualização resolve muitas questões de compatibilidade, mas o hardware continua crítico. Lembre-se, os dispositivos virtuais apenas direcionam pedidos para o hardware disponível no mundo real. É incrivelmente rápido e eficiente, mas sem os recursos subjacentes corretos, o processo para. A distribuição eficiente da carga de trabalho significa menos poder de processamento e memória, mas você ainda precisará de discos rígidos melhores. PCs virtuais nada mais são do que conjuntos de grandes arquivos de computador. Sem armazenamento adequado, seu sistema ficará lento quando VMs iniciam, desligam, ou são movidas de um host para outro.
Embora muitas questões de arquitetura sejam intuitivas (por exemplo, nunca coloque duas VMs que constituem um par de servidores redundantes no mesmo host físico), muitas não são. Então, onde você poderá obter a informação de que precisa?
Dica 3: Pergunte sobre o suporte do fornecedor
Todo fornecedor de sistema de controle afirma suportar virtualização, mas a qualidade do suporte varia muito. “Faça um monte de perguntas específicas,” disse Pritchett. “Qual hypervisor você testou? Quais licenças são necessárias? Que tipo de armazenamento é necessário, e quais são as vantagens e desvantagens de diferentes opções de armazenamento? Qual é a documentação da arquitetura de rede? E, acima de tudo, o que realmente você testou?” As respostas devem vir da documentação do produto, não apenas de estudo de casos e brochuras. Tenha certeza que o seu fornecedor oferece o mesmo nível de suporte técnico para sistemas virtuais e, se você não gosta de exercícios de apontar o dedo, escolha um que suporte o hypervisor e o PC físico, além de seu próprio software e hardware.
Dica 4: Comece pequeno; comece esperto
Não desanime. O suporte dos fornecedores de controle vem aumentando continuamente. Você pode aprender mais sobre virtualização e ganhar muitos dos benefícios sem gastar um monte de dinheiro. VMWare Player é uma versão gratuita do mais popular software “hypervisor” de virtualização. Use-o para criar novas VMs, converter PCs físicos para VMs e para executar VMs criadas por outros. Por algumas centenas de dólares, produtos da VMWare, Microsoft e outros permitem que você utilize várias VMs simultaneamente e gerenciar backups, snapshots e clonagens.
Quando você estiver pronto para aplicar o que aprendeu, migrará todo o desenvolvimento off-line, testes e sistemas de formação para máquinas virtuais. (Se você não tiver um sistema off-line, converse com o seu fornecedor de controles. Você não precisa pagar o preço total para criar um sistema off-line.) Então, considere migrar uma pequena parte de seu processo, ou fazer a sua adição ao lado do sistema no processo virtual. Você pode misturar nós físicos e virtuais em um único sistema.
Mas o que quer que você faça, comece já! Os benefícios de sistemas virtuais são reais, e se os desafios são enormes, bem, e daí? Isso é apenas a vida no controle de processo.
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